Os Dez Mandamentos

Os Dez Mandamentos

Porque Deus nos amou primeiro nós devemos corresponder amando-O de volta. O amor a Deus implica rejeição aos falsos deuses. E renúncia a todo tipo de idolatria e superstição. Mas, também, a incredulidade, heresia, apostasia e cisma, sacrilégio e o agnosticismo. Você pode se aprofundar mais nos números 2083 a 2139 do Catecismo.

O dom do nome pertence à ordem da confiança e da intimidade” (n. 2143). O respeito ao nome de Deus é o respeito devido a Ele mesmo. Aqui devemos ater-nos aos cuidados, também, referentes à blasfêmia, que é “proferir contra Deus – interior ou exteriormente – palavras de ódio, de censura, de desafio, dizer mal de Deus, faltar-Lhe ao respeito nas conversas, abusar do nome d’Ele” (n. 2148). Evite-se, também, fazer falso juramento usando o nome de Deus.

“O domingo realiza plenamente, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno do homem, em Deus” (n. 2175). O Catecismo afirma que “a Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a prática cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de participar da Eucaristia nos dias de preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério. Os que deliberadamente faltam a essa obrigação cometem um pecado grave” (n. 2181).

“Deus quis que, depois de Si, honrássemos os nossos pais, a quem devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. Temos obrigação de honrar e respeitar todos aqueles que Deus, para nosso bem, revestiu da sua autoridade” (n. 2197). É um mandamento dirigido diretamente aos filhos nas suas relações com os pais. Mas, também, tem seus desdobramentos que podem ser conferidos no Catecismo, na sequência dos números citados acima.

5 – Não Matar:

Além do respeito pela vida, que é sagrada, como afirma o Catecismo (n. 2258), esse mandamento ainda implica outros atos, são eles: o aborto, inclusive os que colaboram; a Eutanásia; o Suicídio, sendo que “perturbações psíquicas graves, a angústia ou o temor grave de uma provação, de um sofrimento, da tortura, são circunstâncias que podem diminuir a responsabilidade do suicida” (n. 2282). “Não se deve desesperar da salvação eterna das pessoas que se suicidaram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, oferecer-lhes a ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida” (n. 2283). “A virtude da temperança leva a evitar toda a espécie de excessos, o abuso da comida, da bebida, do tabaco e dos medicamentos. Aqueles que, em estado de embriaguez ou por gosto imoderado da velocidade, põem em risco a segurança dos outros e a sua própria, nas estradas, no mar ou no ar, tornam-se gravemente culpados” (n. 2290). Você ainda pode conferir mais sobre esse mandamento na sequência do número anteriormente citado.

A sexualidade afeta todos os aspectos da pessoa humana, na unidade do seu corpo e da sua alma. Diz respeito particularmente à afetividade, à capacidade de amar e de procriar, e, de um modo mais geral, à aptidão para criar laços de comunhão com outrem. Compete a cada um, homem e mulher, reconhecer e aceitar a sua identidade sexual. A diferença e a complementaridade físicas, morais e espirituais orientam-se para os bens do matrimônio e para o progresso da vida familiar” (n. 2332-2333). A castidade significa a integração da sexualidade na pessoa, ou seja, sua unidade interior, corporal e espiritual. A sexualidade torna-se pessoal e verdadeiramente humana, quando integrada na relação de pessoa a pessoa, no dom mútuo total e temporalmente ilimitado, do homem e da mulher. A virtude da castidade engloba a integridade da pessoa e a integralidade da doação (cf. n. 2337). Implica a aprendizagem do domínio de si. O Catecismo da Igreja Católica afirma ainda que “a castidade conhece leis de crescimento e passa por fases marcadas pela imperfeição, muitas vezes até pelo pecado” (n. 2343). Ofende a Castidade os pecados da luxúria, que é a vivência desregrada dos prazeres, a masturbação, a fornicação, a pornografia e a prostituição. Além de outros que você pode conferir, também, na sequência dos números citados anteriormente.

Este mandamento “proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e prejudicá-lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrenos, e dos frutos do trabalho dos homens” (n. 2401).

“O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade nas relações com outrem. Essa prescrição moral decorre da vocação do povo santo, para ser testemunha do seu Deus, que é e deseja a verdade. As ofensas contra a verdade, exprimem por palavras ou por atos, a recusa em empenhar-se na retidão moral: são infidelidades graves para com Deus e, nesse sentido, minam os alicerces da Aliança” (n. 2464).

“O coração é a sede da personalidade moral: ‘Do coração procedem as más intenções, os assassinatos, os adultérios, as prostituições’ (Mt 15, 19). A luta contra a concupiscência carnal passa pela purificação do coração e pela prática da temperança” (n. 2517). O Batismo confere a quem o recebe, a graça da purificação de todos os pecados. Mas o batizado tem de continuar a lutar contra a concupiscência da carne, e os desejos desordenados. Com a graça de Deus, pela virtude e pelo dom da castidade pode-se crescer na pureza, pois, a castidade permite amar com um coração reto, pela pureza de intenção, que consiste em ter em vista o verdadeiro fim do homem. Com um olhar simples, procure-se descobrir e cumprir em tudo a vontade de Deus; pela pureza do olhar, exterior e interior; pela disciplina dos sentidos e da imaginação; pela rejeição da complacência em pensamentos impuros, que o levariam a desviar-se do caminho dos mandamentos divinos e pela oração. A pureza exige o pudor.

O pudor é parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se à castidade e comprova-lhe a delicadeza. Orienta os olhares e as atitudes em conformidade com a dignidade das pessoas e com a união que existe entre elas. O pudor protege o mistério da pessoa e do seu amor. Convida à paciência e à moderação na relação amorosa, e exige que se cumpram as condições do dom e do compromisso definitivo do homem e da mulher entre si. O pudor é modéstia. Inspira a escolha do vestuário, mantém o silêncio ou o recato, onde se adivinha o perigo duma curiosidade malsã. O pudor é discrição.

O décimo mandamento desdobra e completa o nono, que tem por objeto a concupiscência da carne. Proíbe cobiçar o bem dos outros, raiz de onde procede o roubo e a fraude, proibidos pelo sétimo mandamento. A “concupiscência dos olhos” (1 Jo 2, 16) conduz à injustiça, proibida pelo quinto mandamento. A cobiça, bem como a fornicação, tem a sua origem na idolatria, proibida nos três primeiros mandamentos da Lei. O décimo mandamento incide sobre a intenção do coração e resume, com o nono, todos os preceitos da Lei.